sexta-feira, 1 de maio de 2009

A relação da criança e os conteúdos veiculados na televisão brasileira.

Assistir televisão é um dos passatempos mais importantes na vida das crianças. Praticamente em todos os lares, seja qual for o nível social, o televisor está presente substituindo muitas vezes a presença materna ou a babá. Não há discordâncias quanto ao fato de que a televisão pode entreter, informar e acompanhar as crianças, pode também exercer influências indesejáveis. O tempo passado frente à televisão é subtraído de muitas atividades importantes, tais como a leitura, os trabalhos da escola, os jogos, a interação com a família. Na relação televisor - criança também existe aprendizagem. Mas a pergunta que se coloca é que tipo de aprendizagem? Na maioria das vezes podem-se aprender coisas que são inapropriadas ou incorretas, pois, principalmente entre as crianças, ocorre a não diferenciação entre a fantasia apresentada na televisão e a realidade. Os problemas não são apenas detectados somente nos programas vistos, pois, encontram-se sob a influência de centenas de anúncios comerciais, muitos dos quais induzem a hábitos de alimentação nada saudáveis, estimulam o consumismo, difundem estilos de vida que associam a posse de bens supérfluos como fatores de sucesso e alegria. A violência, a sexualidade, os estereótipos de raça e gênero e o abuso de drogas e álcool são temas comuns nos programas televisivos. As crianças são impressionáveis e podem assumir que aquilo que se vê na televisão é normal, seguro e aceitável. Por conseqüência a televisão expõe as crianças a tipos de comportamentos e atitudes que podem ser difíceis de serem compreendidos, analisados, elaborados e filtrados. Os pais podem ajudar seus filhos a terem experiências mais positivas com a televisão, pois podem assistir aos programas com os filhos, aproveitando ocasiões propícias para discutir o conteúdo do que é visto, bem como daquilo que é veiculado em comerciais. Podem também escolher os programas adequados para o nível de desenvolvimento da criança limitando o tempo que é passado em frente à televisão e desligar a televisão quando os programas parecerem inadequados a seus filhos. Devem estabelecer que o horário de estudo é para ser dedicado a aprendizagem, não permitindo a realização de tarefas escolares com a televisão ligada. Sempre que possível podem estimular discussões com eles quando estão assistindo juntos a um programa e assim, fazer conexões com histórias, livros, lugares de interesses e eventos pessoais, evidenciando comportamentos positivos como a cooperação, a amizade e o interesse pelos outros.

Direitos iguais

Incluir não é apenas colocar junto, o processo de inserção de portadores de necessidades especiais nos diversos seguimentos da sociedade, transcende as questões educacionais e familiares para um patamar dantes pouco explorado.
A inclusão social é a grande marca dos novos tempos, permitir o acesso e a permanência destas pessoas é fator primordial para uma sociedade justa e com oportunidades iguais para todos.
Existem no Brasil cerca de 5,7 milhões são pessoas com deficiência auditiva (Censo – IBGE 2000). Essas pessoas encontram-se excluídas de diversas formas, de várias dimensões da vida social e produtiva.
Desde a Declaração de Salamanca, em 1994, passou-se a considerar a inclusão dos alunos com necessidades especiais em classes regulares, como a forma mais avançada de democratização das oportunidades educacionais, porém a estrutura de algumas instituições educacionais ainda é uma grande barreira, pois apesar de existirem políticas públicas educacionais avançadas, as escolas regulares, carecem de recursos físicos e financeiros, e principalmente humanos (professores especializados e intérpretes), para a inclusão do aluno surdo na sala de aula.
Segundo SASSAKI (2003), O processo de inclusão social é percebido por [...] um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. Sassaki afirma ainda que a inclusão é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, ou seja, ate mesmo do próprio portador de necessidade especial.
A política de inclusão de crianças surdas nas escolas, não consiste apenas na permanência física destes junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades. É garantir que haverá o aprendizado de Libras sendo o ensino embasado numa segunda língua, juntamente com o uso de recursos visuais.
Iniciativas de valorização da língua de sinais, já se configuram como fator fundamental para o desenvolvimento pedagógico adequado das pessoas surdas no aspecto que diz respeito à comunicação.
Neste contexto, a principal forma de assegurar a legitimidade da inclusão das pessoas surdas nos diversos cenários sociais é através de sua língua.